Entre as recomendações do Encontro, realizado em Curitiba, Paraná, a plenária final pede ao Ministério da Saúde “a retirada das Comunidades Terapêuticas como serviços da RAPS (rede de atenção psicossocial), e de todas as formas de financiamento público das mesmas, uma vez que ferem princípios fundamentais da Reforma Psiquiátrica e do SUS”.

Realizada no dia 6 de dezembro, a plenária final também recomendou mais investimento nos CAPS e centros de convivência, de acordo com a política de redução de danos. Veja a íntegra das recomendações feitas ao Ministério da Saúde.

O Encontro foi promovido pela Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde que reuniu trabalhadores; usuários; familiares; gestores; docentes; pesquisadores; participantes dos movimentos sociais, da luta antimanicomial em particular e das instâncias do controle social do SUS. Saiba mais sobre o I Encontro Nacional da Rede de Atenção Psicossocial no portal do SUS

A carta aprovada no Encontro chama atenção para “a grave ameaça de retrocesso representada pela política governamental para a atenção às pessoas em uso prejudicial de álcool e outras drogas”. Entre os principais problemas da política governamental, foi destacada “o financiamento das comunidades terapêuticas por verbas públicas, o número sempre crescente de internações compulsórias, as medidas higienistas em geral”. Sendo assim, a plenária reivindicou do poder público e, especialmente do Ministério da Saúde, “a adoção de uma política decidida e coerente no âmbito do uso prejudicial de álcool e outras drogas, segundo os princípios da Reforma Psiquiátrica e do SUS”.

Veja a íntegra da carta aprovada no I Encontro Nacional da Rede de Atenção Psicossocial