Acessibilidade é desafio para idosos que vivem em favelas

Seja na plana Cidade de Deus ou no íngreme Dona Marta, pessoas da terceira idade têm de superar variados obstáculos no cotidiano. A boa notícia é que elas têm conseguido. Mas o aumento da expectativa de vida torna urgente melhorias nessa situação

Everaldo Leite trocou a tesoura pela bengala. É com ela que o ex-barbeiro de 80 anos sobe e desce o morro Dona Marta, onde mora. Sete degraus separam o portão de sua casa da sala de estar, no primeiro piso. No segundo andar, 11 degraus acima, há dois quartos. No terceiro piso, a oito degraus de distância, estão o sótão e a “cobertura” com vista para Lagoa. “Vinha mais aqui em cima, mas parei por causa da subida”, afirma Everaldo. Para ele, a acessibilidade é um problema que começa na rua e continua em casa.

DIREITOS

Além da acessibilidade, os idosos que vivem em favelas têm dificuldades de exercer outros direitos. Um exemplo é o acesso à saúde. “A maioria das comunidades não tem sequer uma unidade de saúde”, afirma Rossino Diniz, presidente da Faferj (Federação das Associações de Favelas do Estado do Rio de Janeiro). Em caso de doença, essas pessoas dependam do transporte público para obter atendimento médico.

Mas o acesso ao transporte também é dificultado, e não só por ônibus pouco acessíveis. “É comum que motoristas de vans não respeitem a gratuidade para idosos”, relata Nelson Felix, mestre em Serviço Social e membro do Conselho Regional de Serviço Social do Rio. A regra está prevista no artigo 401 da Lei Orgânica carioca. “E quem precisa de transporte para ir ao hospital não tem tempo de chamar a polícia”, complementa Felix. 

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