Em evento ocorrido no último dia 15/12, entidades celebraram os 60 anos do Conselho e 77 do CBCISS. Confira a cobertura completa!
“É lindo ver essas gerações aqui reunidas. Profundo orgulho, fazendo a história da profissão no Rio de Janeiro. Dia de homenagear e femenagear”, disse Márcia Nogueira, presidenta do CRESS Rio de Janeiro, no início da 17ª edição do Encontro de Gerações, evento organizado pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviço Social (CBCISS) e pelo CRESS/RJ, realizado no último dia 15 de dezembro, na sede do CRESS, com auditório cheio.
Além de celebrar os 77 anos do CBCISS e os 60 anos do CRESS Rio de Janeiro o evento também serviu para comemorarmos os 30 anos da Lei de Regulamentação Profissional e do Código de Ética Profissional e os 20 anos da Comissão Sociojurídica do Conselho (que teve um evento comemorativo em outra data).
A mesa de abertura contou com a participação das presidentas das entidades, Márcia Nogueira e Ilda Lopes, respectivamente. “Tudo começou há 17 anos com Teresinha Arnot, que propôs a realização deste encontro, que não é só de idades físicas mas, de grupos diferentes”, sublinhou Ilda Lopes.
O evento teve três homenageados especiais: Hilda Corrêa, que foi por duas vezes presidenta do CRESS/RJ; Roberto Soares, assistente social formado em 1969 e que foi presidente do CBCISS por duas gestões; e Márcia Nogueira, atual presidenta do CRESS/RJ, que recebeu uma femenagem surpresa.
Na altura de seus 84 anos, Roberto se disse emocionado e com alegria. “Uma geração narra a outra geração. Somos testemunhas da caminhada”. Com carinho, falou do CBCISS e de seus funcionários, em especial Telma, a “lendária” bibliotecária da entidade.
O tema desta edição do Encontro de Gerações foi “Desafios para o Serviço Social: passado, presente e futuro”.
Na segunda mesa, com mediação de Maria Aparecida Evangelista e participações de Ilda Lopes, Hilda Correa e da professora Rita Cavalcante, falou-se um pouco da história de cada uma e da relação com a profissão e o futuro da profissão.
Ilda falou de sua experiência em estudar na Alemanha trabalhando com população turca e na volta ser convidada a lecionar e auxiliar na criação da Escola de Serviço Social da UNISUAM (antes apenas SUAM), destacando o trabalho organizado pelo CBCISS sobre o Serviço Social no Mundo do Futebol.
“Encantada pela profissão”, Hilda Correa falou de sua trajetória, de Maria Josefina Albano, a primeira presidenta do CRESS que “recatada não foi, foi presidenta rebelde”. Hilda abordou também a onda conservadora que inundou o país e também atingiu o Serviço Social.
Rita Cavalcante, professora da ESS/UFRJ, falou sobre as Tecnologias da Informação e Comunicação e os desafios para o Serviço Social, além de suas interferências no fazer profissional e no atendimento à população. Uma mudança real na ação profissional.
Rita falou dessa complexidade ao abordar dados sobre as TIC’s, as políticas sociais e os desafios do acesso e intervenções profissionais. O TIC +, que tem como coordenadora a professora Yolanda Guerra, é uma pesquisa que tem como principal problematização os impactos da intensificação das inovações tecnológicas no acesso aos serviços operacionalizados no âmbito do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e nas intervenções de profissionais que atuam nesses serviços, no contexto brasileiro, no período de 2014 a 2023.
Em toda a trajetória dos Encontros de Gerações, este parece ter dado início, pós-pandêmico, a um novo ciclo. Como afirmou Maria Aparecida Evangelista “A história está sempre em aberto”, para logo depois concluir: “Construindo afetos para não nos automatizarmos”.