Todos sabemos que o país passa por um momento econômico e político de forte turbulência, mas não podem ser os trabalhadores os que pagarão a conta da crise. Por isso é imprescindível que paremos para refletir coletivamente. Na Fiocruz os trabalhadores possuem condições e vínculos de trabalho muito diversificados. Somos servidores, terceirizados e bolsistas. O nosso grande desafio é conseguir reunir este coletivo disperso.
Estamos em tempos de ajuste fiscal e de perdas de direitos, como a aprovação pelo Congresso Nacional do PL 4330 que amplia a terceirização e precariza ainda mais as relações de trabalho, as edições das MPs 664 e 665, que tiram direitos previdenciários e no seguro desemprego.
Simultaneamente, a pauta regressiva também está presente no campo da saúde, como por exemplo na lei que autoriza a participação de capital estrangeiro na saúde; nas ações dos governos e do Congresso que retiram recursos da saúde pública; na ampliação dos subsídios públicos e manutenção da renúncia fiscal aos Planos Privados de Saúde; na adoção galopante e epidêmica de Modelos Privatizantes de Gestão na saúde – OSs (Organizações Sociais), Fundações Estatais de Direito Privado, EBSERH e os mais diversos tipos de Parcerias Público-Privadas.
Mas ao mesmo tempo, estamos no ano da XV Conferência Nacional de Saúde, onde milhares de Lutadores se organizam desde seus territórios para propor a retomada do SUS que defendemos desde a 8a Conferência. A luta é pela defesa de um sistema de saúde público e universal, sob controle da classe trabalhadora, pois “Saúde é direito de todos e dever do Estado”.
Assim, contra e os processos de exploração aos quais estão submetidos os trabalhadores e as relações sociais capitalistas que estão na raiz da determinação social e econômica da saúde e da doença e que reproduz as desigualdades, e na luta por transformações sociais profundas e reformas estruturais que visem uma sociedade justa, plena de vida, a Fiocruz fará uma Roda de Conversa, cujo tema central será ECONOMIA POLÍTICA DA SAÚDE: A RELAÇÃO ENTRE ESTADO E MERCADO, E OS IMPACTOS NOS DIREITOS E NA CONDIÇÃO DE VIDA DOS TRABALHADORES. Para contribuir com o debate, contaremos com a participação de valorosos companheiros: ARY MIRANDA (Cesteh/ENSP-Fiocruz) e CARLOS OCKÉ-REIS (IPEA).
Data e horário: 20/MAIO/15 (quarta-feira), às 13:30hLocal: Auditório da CST/NUST (Pavilhão Carlos Augusto da Silva), ao lado da Sede da Asfoc