O matrimônio firmado entre o racismo e o machismo é uma das relações mais duradouras da história. A concentração e a manipulação do poder, ópio que alimenta essa relação, permitiram inclusive que o casal evoluísse para um triângulo amoroso: racismo, machismo e capitalismo.
Os amantes, conhecidos como R.M.C., vivem no troca-troca de posições, na disputa para ver quem melhor representa a tríade. Essas coisas de casamento em que a competição entre as partes é a pimentinha do amor. O importante mesmo é que em todo dia santo, e dia santo é dia de trabalho, os votos sejam renovados e R.M.C. sigam enamorados rumo à concentração do poder, custe o que custar, doa a quem doer. R.M.C. separados são fortes, mas juntos julgam-se indestrutíveis.
Agora, se representatividade importa para “os donos” da banca, imagina para quem nem figura nas capas de revistas, nos filmes e na programação da TV?
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